Pular para o conteúdo principal

Paulinho Freire: “Pagamento de servidor e limpeza são prioridades”


O novo prefeito de Natal, Paulinho Freire, que assume a função com o afastamento de Micarla de Sousa, deverá desembarcar nessa madrugada em Natal. Ele soube, no Rio de Janeiro, que assumirá a Prefeitura de Natal. O novo prefeito disse que priorizará o pagamento do servidor público e a limpeza da cidade. Lamentando o fato que ocorreu com a prefeita Micarla de Sousa e demonstrando preocupação em atuar conjuntamente com a equipe de transição do prefeito eleito Carlos Eduardo, Freire reconheceu que não tem como fazer milagre, mas acredita que nesses dois meses poderá dar sua contribuição para a cidade de Natal.
Como o senhor recebeu a notícia do afastamento da prefeita Micarla de Sousa?
Recebi a notícia no Rio de Janeiro (no momento da entrevista ele estava no aeroporto, tentando ser acomodado em um vôo para Natal). É lamentável terminar da maneira que está terminando. Constitucionalmente não tenho o que fazer, vou assumir e sei que todo cidadão tem direito a defesa. Sobre o processo não sei de nada, até porque segue em segredo de justiça. Espero que ela (Micarla de Sousa) tenha condição de fazer uma boa defesa e possa esclarecer tudo que está por trás.
Como será o seu trabalho a partir de agora?
Vamos fazer uma boa transição para que a nova gestão possa tomar pé da real situação. Vamos analisar a real situação financeira da prefeitura e priorizar o pagamento dos salários. Depois vamos priorizar o lixo e tentar junto ao Ministério das Cidades, já que o ministro é do meu partido (o PP), a liberação de recursos para fazer nesses dois meses um trabalho de tapa buraco e recapeamento das principais vias. Vamos tentar dar uma enxugada (na máquina) e, pelo menos, entregar a Prefeitura mais organizada. Mas sei que o tempo é muito curto.
O senhor pretende mudar os auxiliares?
Vamos pensar isso a partir de amanhã (hoje). Vou me reunir com alguns secretários, principalmente com o de Planejamento, para ver como está a real situação do município. Se precisar vamos fechar algumas secretarias. Não vamos extinguir secretarias, mas fechar. Já que elas (algumas secretarias) não estão funcionando mesmo, então vamos fechar para economizar. Essa economia pode ser revertida em serviço essencial. Vamos ver a questão da saúde, o que pode ser feito para diminuir a grave situação. A partir de amanhã (hoje) é que a gente vai analisar as medidas que precisam e podem ser tomadas para que possamos amenizar a situação. Entendo que temos pouco tempo, estamos a dois meses de encerrar a gestão, não temos milagre a fazer, mas espero dar minha contribuição para cidade. Aproveito para conclamar toda população para cooperar para que possamos, se não arrumar, mas dar uma melhorada na cidade. Conclamo as instituições, o Ministério Público, a sociedade civil organizada para que  para que possamos todos fazer um pacto por Natal, para, pelo menos, terminarmos com dignidade.
Qual o sentimento do senhor neste momento?
O meu sentimento primeiro é de muita responsabilidade. A gente está pegando a cidade com uma situação muito difícil. Tenho consciência disso e disposição para que possamos melhorar, para deixarmos uma marca, se não na cidade, mas uma marca administrativa de melhora da situação. O momento é de muita responsabilidade e apreensão. Vamos pegar uma situação difícil. Mas a vida é de desafios, já passei por vários e esse é mais um que passarei.