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O QUE O CIDADE JUNINA TEM A VER COM ISSO?

O que o Cidade Junina tem a ver com isso?
Tradicional Pingo da Meia Dia Mossoró Cidade Junina
O servidor público tem o direito de receber o seu salário em dia; a gestão pública tem o dever de pagar. Ponto pacífico. Mas, diante de uma crise econômica sem precedente, que atinge de morte as gestões públicas, o que fazer quando não é possível honrar os salários do funcionalismo dentro do mês trabalhado?
Em Mossoró, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDISERPUM), que reclama o restante da folha de dezembro (32%), decidiu lutar em duas frentes: 1 – greve geral, a partir desta segunda-feira (8); 2 – acionar a Justiça para cancelar o Mossoró Cidade Junina.
Gerou polêmica. Não pelo direito sagrado ao salário, mas pelas circunstâncias do momento.
A greve e o cancelamento do Cidade Junina não justificam a decisão do Sindiserpum de sair da mesa de negociação. Por consequência, alimenta a suspeita que a posição do sindicato é meramente politiqueira, embora a sua diretoria afirme que está tão somente defendendo os direitos de seus sindicalizados.
O Sindiserpum não pode dizer que a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) se nega a pagar os salários dos servidores, para justificar uma greve ou o cancelamento do Mossoró Cidade Junina. Tal discurso cai por terra com a realidade dos fatos. Quais sejam:
1 – A atual gestão municipal vem pagando os salários dentro do mês trabalhado desde janeiro e já anunciou o calendário de pagamento até dezembro, em dia.
2 – A gestão Rosalba já pagou quase todo o atrasado da gestão anterior, a saber: restante do mês de novembro e o décimo terceiro salário dos aniversariantes do mês; 62% da folha de dezembro e o décimo terceiro dos aniversariantes do mês; gratificações (PMAQ) do pessoal da saúde, horas extras e diárias operacionais represadas desde agosto de 2016; e mais de R$ 8 milhões de salários atrasados dos trabalhadores terceirizados.
3 – Além de enorme dívida com os servidores públicos, acumulada pela gestão anterior, Rosalba recebeu a Prefeitura com um “rombo” superior a R$ 150 milhões, sendo obrigada a solucionar as mais urgentes, notadamente na área da saúde, para impedir a paralisação da máquina. Já foram quitadas contas com fornecedores, prestadores de serviço e negociada dívida com cooperativas médicas, empresa terceirizada da limpeza pública etc. etc. etc..
Portanto, o momento exige sensibilidade de todos, mas, principalmente do Sindiserpum. Ameaçar o Mossoró Cidade Junina não resolve. Pelo contrário. Cria-se a antipatia da sociedade. Então, a melhor negociação é o melhor ambiente para resolver as diferenças.
A população não pode ser penalizada pela insensatez.
Fonte: http://defato.com/blog/cesar-santos/