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Congresso: utopia aprovar prioridades em ano eleitoral

O governo Jair Bolsonaro (sem partido) pretende aprovar neste ano pelo menos cinco reformas econômicas e outros 14 projetos. Na avaliação de líderes do Congresso, sem base articulada e com o calendário eleitoral, o pacotão ambicioso do Planalto não será aprovado integralmente.
No entendimento dos congressistas, parte dos projetos que tramitam pela Casa muda estruturalmente as bases do sistema público, de distribuição de recursos e interferem em setores sensíveis da economia como indústria, serviços e agronegócios. São propostas polêmicas, como a desestatização da Eletrobras, que exigem habilidade de negociação e garantia de votos.
Ainda em recesso, parte dos parlamentares mantém a desconfiança em relação ao Planalto adquirida no final de 2019. Em novembro e dezembro, o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral) e os articuladores no Congresso patinaram para aprovar até pautas que eram consenso e para cumprir acordos de emendas que viabilizaram a aprovação da reforma da Previdência.