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Em e-mail, Gilson Moura é apontado como beneficiário de lucros de empresas de Rychardson


E-mails trocados entre réus da Operação Pecado Capital citam o deputado estadual Gilson Moura (PV) como suposto beneficiário de esquema fraudulento investigado. Em e-mails trocados entre sócios de empresas investigadas por suposta lavagem de dinheiro desviado irregularmente do Ipem, um dos réus afirma que verba das referidas lojas teriam sido utilizadas para a compra de bens por Gilson Moura e para a campanha eleitoral do então candidato à reeleição.
Na troca de e-mails, os dois acusados de participação no denunciado esquema da Operação Pecado Capital falam sobre o suposto pagamento de um veículo e uma casa para o deputado Gilson Moura, além de pagamentos para campanha eleitoral. Em uma discussão acerca da divisão de lucros da loja Platinum Veículos, Acácio Forte, sócio de Rhandson de Macedo, que é irmão de Ryhcardson, reclama sobre o pouco lucro na loja de carros. Rhandson, de acordo com a leitura de um e-mail realizada pelo juiz da 2ª. Vara Federal, Walter Nunes, responde e relata suposto benefício a Gilson Moura.
 
“Você acha que esse dinheiro ficou com a gente? Pergunte como foi paga toda a campanha de Gilson. Pergunte a ele como foi quitado o carro dele e a casa que ele acabou de trocar”, diz o e-mail que está nos autos do processo e é utilizado como prova.
 
Na manhã de hoje, estão sendo realizados os interrogatórios dos réus do processo. Daniel Vale foi o primeiro a falar e negou toda e qualquer participação no suposto esquema. A leitura do e-mail foi realizada no interrogatório de Acácio Forte. Serão ouvidos ainda hoje cinco pessoas, incluindo Rychardson de Macedo Bernardo, principal acusado do suposto esquema fraudulento, segundo o Ministério Público.
 
A reportagem da TRIBUNA DO NORTE ainda não conseguiu o contato com o deputado Gilson Moura para que ele comentasse o fato. Em ligação ao telefone do parlamentar, um assessor disse que o deputado não estava próximo ao telefone no momento.
 
Depoimentos
 
Três acusados de participação no suposto esquema da Operação Pecado Capital decidiram não participar do interrogatório. Como se trata de um instrumento de defesa, o juiz federal Walter Nunes disse que é uma opção dos acusados participar ou não no interrogatório. 
 
Por isso, Adriano Nogueira, Aécio Fernandes e Rhandson de Macedo Bernardo, irmão de Rychardson, não irão responder aos questionamentos do juízo. Anteriormente, os réus Daniel Vale e Acácio Forte se negaram a responder às perguntas do Ministério Público Federal.
 
Os interrogatórios da Operação Pecado Capital devem se estender até o período da tarde.
Fonte: http://tribunadonorte.com.br/