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Conheça os riscos para quem cria ou compartilha notícias falsas

A expressão fake news (notícias falsas, em tradução livre do inglês), hoje tão presente no vocabulário da população, principalmente quando se discutem temas associados à política e à administração pública em geral, refere-se a inverdades criadas de forma descentralizada e, muitas vezes, compartilhadas como procedentes através das mídias disponíveis à sociedade, cujos membros, dependendo do grau de discernimento quanto aos assuntos abordados, podem tomá-los como verdades, ser influenciados e compartilhá-los com seus semelhantes, podendo também buscar convencê-los sobre os fatos expostos, criando um ‘ciclo de mentiras’ sem mensuração dos riscos que tais atitudes geram para si e/ou para outrem.

Crise de credibilidade das informações

“É importante sempre lembrar que a propagação de notícias falsas em si provavelmente surge em paralelo aos mecanismos de informação que se propõem a divulgar fatos verdadeiros”, esclarece a comunicóloga. Dentro dessa esfera se encontram as questões que pairam sobre as maneiras pelas quais a população absorve as notícias e as julga plausíveis ou não, gerando novas preocupações para o jornalismo propriamente dito.
“O que a população parece ter deixado bem claro é que o discurso de imparcialidade autoproclamado por canais tradicionais com práticas que, como sabemos, possuem vieses por conta da linha editorial, dimensões econômicas ou filiações política e ideológica de alguns veículos e profissionais tem sido sistematicamente desnudado por vozes que antes não obtinham espaços e hoje circulam nos ambientes digitais. Assim, é preciso rever os manuais de redação, os modos de apuração e trato com a notícia para que as informações reais e canais que as tratem adequadamente consigam diferenciar-se das fake news que se ‘travestem’ de informações críveis, mas, para um bom leitor, é possível identificar alguns de seus rastros. Neste sentido, o jornalismo também tem que retomar o desafio de contribuir para a educação da população. As agências de checagem de fatos podem dar uma luz a este debate”, comenta Cândida.
Fonte: Portal Correio